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Paranóia é alimentar um ódio e ciúme dentro de mim, para não tratar mal quem eu desejo, é ter duvidas sobre o acento no "o", é pensar demais. Paranoia é a luta para tirar aquilo que está entre meus dentes, é olhar a celula e encontrar um contato que não adicionei. Paranoia é se atrasar dez minutos, é correr e não encontrar todos lá. Paranoia é conhecer ônibus, ser asqueroso e gente boa; é matutar na cabeça acontecimentos da noite passada. Paranóia induz a criação artística, é a raiva contida que no futuro parece estupidez. Paranóia é escrever o que penso sem uma ordem. Paranoia é repetir paranoia, paranoia, paranoia. Pensar em inglês é paranoia. O paranóico é aquele que interpreta; Clarice Lispector, o ovo e a galinha... Paranoia. Paranoia é comer duas maçãs entre meio dia e onze da noite, é estudar francês, inglês e espanhol. Paranóia é a inveja, é o protetor que protege o paranoico do paranoico sol; É a palavra, o ser... O ser que repete paranoicamente paranoia é paranoico. O lagarto que passa por debaixo do banco que sento é paranoico. O som do pássaro me confunde com o bip do meu celular, isso é paranoico. Outrora que eu lembre da moça que alternativa dormia. Em pé os paranoicos brigavam baixinho, na avidez, passivos paranoicos. Paranóia é correr contra o tempo, é ser a bosta que luta na época errada, com as pessoas erradas. Paranoia é sonhar. O paranoico é aquele que quer terminar. Combinar, rimar, quebrar. Tom Jobim, mutatá, Lurdez da Luz, Carlin Drummond, Rita Lee, Salvador, P. Coelho, Hitler e os nazis... Paranoia. Eis que os artifícios a usar, paranoicos hão de terminar. Paranoia é descobrir que o pássaro é outro celular, tweet: a paranoia vulgar. Isso é cansar. Paranóia é cansar, é ver que só fiz 1/4 do almejado e paranoico já quero parar. Paranoico sou eu! Paranoia é a perfeição, é sonhar como uma garota e não sonhar como ela, apaixonados, Paranoia é não sonhar como uma garota tão apaixonada com um mundo tão errado. Paranoia é ser homem, é rezar e foder uma vaga. O ser paranoico é aquele que se expõe na luz, vê a noite em morte em silêncio, luta na dor que é de aprender com os erros que mais mexem com sua cabeça, é aquele que erra, assume e espera que aquele que rouba teus pensamentos e esquenta teu coração apareça... o surpreenda. Paranoia vive na mulher que faz, acha que faz, se inferioriza e cai; está no puto homem que não vê, não acredita, se superioriza e cai; está no casal, que não conversa e não se entende, naquele laço que desfaz. Paranoica é a formiga dominada no falso deserto ao encontrar um falso mar, um falso branco. Ó formiga que desesperada tenta a fuga, desaparece com a ideia de nascer de novo, achando que sua vida foi só ilusão. Paranoia são os pobres alienados homens que aceitam as virtudes de uma vida montada. Sou seu xadrez paranoico e vamos jogar! Acho que vi a formiga e vamos jogar! Esqueci o que ia relatar. Paranoicos conselhos infundados que daqui algum tempo ninguém lembrará. Paranoia é não saber querer gramática, é ter professor com dicas Americanas na escola Britânica, é o amigo distinto, é ser ofuscado por um brilho alheio e se sentir bem. Paranoia é não sorrir para o convencional, é sentir a pulsante alma ficar paranoica entre dois míseros despretensiosos, artísticos e inteligentes pulmões. É lembrar da história passada, de uma época passada e da evolução, é não querer evoluir sem tú. Paranoia é avançar sozinho, é também não. É parar. Na infunda dor de cabeça pelo sol a divagar. Paranoia é querer dormir, incomodar o ser alheio sem conhecer seu nível/ de paranoidez. Paranoica está aquela planta que cresce colada com a dura e laranja referência da parede, é a reconciliação fria e distante do casal que não brigou, pois paranoica, foi tu que interpretou de dois jeitos um mesmo auê. Paranoia é culpar paranoia, no fabuloso paradoxo jogo de diversão, tão entediante, monótono e previsível para mim, paranoia é a não perspectiva. Se um dia outros lerem, paranoicos vós estão, então desvendem, enquanto ela vai para outro e outro e outro e outro e outro. Paranoicos são os pais do moreno careca, da negra morena, negra loira e branca neutra, estes que riem do pequeno astuto ator que um viado está à imitar. Um otário. Eu que os observo, as pontes paranoicas que vejo e julgo. A borboleta é paranoica por ser livre na sua mente que continua de lagarta, eu também por não querer interrogar. Paranoico é o velho e a vontade que tenho de rabiscar esta parte, tudo porque já o citei e hoje é teu aniversário. Paranoico é o lugar que bonito já não acho, é a perspectiva fatual das visões que temos de um mesmo objeto que funde no calor que minha mente se condiciona. Agora sim, paranoico são o som dos pássaros, risos para o bip que não para. Paranoia é a impulsão do resultado não difundido como o esperado. É saber que o esperado é uma puta ética burguesa e lamentar por não enxergar um problema psicológico em tal defasagem comportamental. Paranoico é aquele que tenta compreender e analisar; é o não egoísta que almeja uma pauta efetiva na luta, uma luta que se mostra individualista. Paranoico éedukar, por mais que a ideologia espire, paranoico é não inspirar. Paranoico é o ciume que excita teu parceiro quando tu acerta na medida. Paranoico é pensar na garota nova que te bate. É a estrutura que está no fim, é o caminho pela qual a vida passa, é falar e falar sem um objetivo, na capenga atitude que te cabe julgar, pois, interrogue. Minha visão já dói, meu sovaco soa, lembro do 200 que foi belo, de um passado que me foi relatado, da paranoia de cada personagem da história e do hoje. Belo é pretensão, sensível é melhor. Hoje não é bom, paranoica era melhor. Não cabe a mim julgar, essa é só minha visão. Sensível não caracteriza, meio artístico é mais bom. Explico silencioso a proposta do texto, a paranoia mal explica, não explica. Penso em tú, penso em tú, penso em... tu. Alguns desses pouco influenciam na minha vida. Paranoia relativa, paranoia, paranoia paranoia, paranoia. Bem que tu estás aqui, bem que a fase te evidencia. O fruto da minha imaginação arma-me, pois, responda-me, sem pergunta, pretensão, desdenho ou devaneio. Paranoia, paranóia, paranoia. Quem és tú? Não responda. Paranoia.

2012